segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Saudades

Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca

2 Comments:

Blogger João Mãos de Tesoura said...

Um drama... reviver amor perdido!
O melhor é esquecer as cicatrizes; elas estão lá, mas escarafunchá-las vai fazê-las sangrar!
Prefiro o futuro, esse desígnio é bem melhor do que a saudade!
Beijos

2:56 da manhã  
Blogger João Mãos de Tesoura said...

Um drama... reviver amor perdido!
O melhor é esquecer as cicatrizes; elas estão lá, mas escarafunchá-las vai fazê-las sangrar!
Prefiro o futuro, esse desígnio é bem melhor do que a saudade!
Beijos

2:56 da manhã  

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