terça-feira, abril 19, 2005

Rotina

Cé estou eu mais uma vez no stresss do costume...é atender o telefone e estar sempre com a mesma cantilena(ja pensei em gravar uma cassete), as pessoas nao percebem que quando uma pessoa diz que não ha previsoes é porque não há mesmo!!
Eu já ando farta disto porque não é propriamente o meu trabalho, porque se eu gostasse muito de atender telefones tinha ido para telefonista!(Atenção que nao tenho nada contra as telefonistas!)
Isto aliado a um torpor que sinto no meu trabalho que tem picos ora tenho muito que fazer ora não, a falta de reconhecimento por este, deixa-me num estado de ansiedade.....
Só me apetece é sair daqui ir ate as docas e ficar a olhar o rio,a beber um cafe e a ler um bom livro, ou entao ir ate a praia e sentir a brisa do mar...mas isto so em pensamentos, porque não posso sair daqui e tenho de aguentar até ha hora de sair.
Esta rotina como a rotina de tanta gente faz parte da vida,mas até quando eu irei aguenta-la??

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se por um instante Deus se esquecesse



de que sou uma marioneta de trapo



e me oferecesse mais um pouco de vida,



não diria tudo o que penso,



mas pensaria tudo o que digo.



Daria valor às coisas,



não pelo que valem,



mas pelo que significam.



Dormiria pouco, sonharia mais,



entendo que por cada minuto que fechamos os olhos,



perdemos sessenta segundos de luz.



Andaria quando os outros param,



acordaria quando os outros dormem.



Ouviria quando os outros falam,



e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!



Se Deus me oferecesse um pouco de vida,



vestir-me-ia de forma simples,



deixando a descoberto, não apenas o meu corpo,



mas também a minha alma.



Meu Deus, se eu tivesse um coração,



escreveria o meu ódio sobre o gelo



e esperava que nascesse o sol.



Pintaria com um sonho de Van Gogh



sobre as estrelas de um poema de Benedetti,



e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua.



Regaria as rosas com as minhas lágrimas



para sentir a dor dos seus espinhos



e o beijo encarnado das suas pétalas...



Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida...



Não deixaria passar um só dia



sem dizer às pessoas de quem gosto



que gosto delas.



Convenceria cada mulher ou homem



que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor.



Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados



ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem,



sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar!



A uma criança, dar-lhe-ia asas,



mas teria que aprender a voar sozinha.



Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte



não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.



Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...



Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha,



sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.



Aprendi que quando um recém-nascido



aperta com a sua pequena mão,



pela primeira vez,



o dedo do seu pai,



o tem agarrado para sempre.



Aprendi que um homem



só tem direito a olhar outro de cima para baixo



quando vai ajudá-lo a levantar-se.



São tantas as coisas que pude aprender com vocês,



mas não me hão-de servir realmente de muito,



porque quando me guardarem dentro dessa maleta,



infelizmente estarei a morrer...







GABRIEL GARCIA MARQUEZ

11:07 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

AMIGO

É uma palavra com significado
mas sem explicação.
É um sentimento forte
que só existe no coração.
Amigo é; o consolo
das nossas desilusões.
É a nossa esperança
pelas nossas frustrações
Amigo... Amigo, foi e será sempre
Alguém com quem possamos contar!

CHUACCCCCCCCCCCC

11:23 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E neste versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

-Eu faço versos como quem morre.



(Manuel Bandeira)
Chuac guduxo

10:31 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Viver é mais que vencer dias e anos. É preenchê-los com ideais de amor, grandeza e otimismo. É plantar hoje o que desejamos amanhã."

Chuac

10:33 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

As melhores e mais bonitas coisas neste mundo não podem ser vistas nem ouvidas, mas precisam ser sentidas com o coração.

10:34 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Não olhes nunca de onde vens e sim para onde vais."

Chuac guduxo

10:35 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado.

10:36 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Uma histórinha bonita:
"Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."

CHUAC

10:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado miga pelas palavras bonitas que me deixas, são como balsamo para estes dias cinzentos em que vivemos!!!!
Bjokinhas

11:11 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas



(Olavo Bilac)

12:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ainda bem que gostaste :)))

Chuac guduxo

12:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Este poema descreve o que às vezes sinto:
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gosto ocre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

(Carlos Drummond de Andrade)
Chuac guduxo

1:12 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home